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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

GLOBO RURAL nº 1900 - no You tube.

GLOBO RURAL nº 1.900 - quarta parte

Edição do dia 22/01/2017 Nativo das Américas, ipê está adaptado a diferentes regiões do país Globo Rural explica porque o Brasil não tem uma floresta comercial de ipê. Planta se adaptou a diversos ambientes, como o Cerrado. Nélson Araújo Porto Velho, RO Comemorando o programa de número 1900 neste domingo (22), o Globo Rural presta uma homenagem aos ipês e explica porque o Brasil não tem floresta comercial da árvore. No começo da eletrificação em Porto Velho, capital de Rondônia, no bairro Cohab-floresta, foram utilizados postes de madeira. E um deles, com o passar do tempo começou a brotar e virou árvore outra vez. Descobriu-se que era um ipê. Hoje, já tem poste de concreto ao lado, mas o ex-poste ainda guarda no tronco. Os suportes da eletrificação. Tem até um reator. Em Porto Velho, ele é conhecido como o ipê que se recusou a virar poste, representando o vigor da espécie. No Brasil central, quem vê as floradas espetaculares, não imagina como o ipê pode ficar vulnerável. O agrônomo Jales Teixeira, professor e pesquisador da PUC e da Universidade Estadual de Goiás, faz pesquisas com ipê. Ele explica que, apesar da rebrota de algumas espécies, a força da descendência está mesmo é nos frutos. Só que a semente do ipê tem validade curta. Dura 30 dias aproximadamente. Depois disso, gora. Com o retardo das chuvas, a água chega quando milhões de sementes já se tornaram chochas. “Se esse quadro permanece, provavelmente os ipês não vão consguir sobreviver naturalmente no seu ambiente”, explica Jales. Menos ipê no ambiente é um 'baque' na cadeia biológica. Na florada é possível observar os bichos se fartando da espécie. Ele faz a ponte quando falta alimento pois floresce no auge da seca. Dá musculatura aos polinizadores que, depois, vão beneficar as plantas que só dão flor no período chuvoso. Sem contar o seu papel de climatizador, quando transpira. “Ela retira água no lençol freático e coloca na atmosfera. Aproximadamente dois mil litrosde água por dia”, fala Jales. Em uma fazenda, a equipe do Globo Rural encontrou o oficial de justiça, Fábio de Paula Santos, que tem mania de plantar essências nativas. Na propriedade da família, em Santa Helena de Goiás, ele cumpre um propósito de vida: rearborizar os pastos que o pai formou. “Plantar árvores é um vício e uma coisa muito boa. Ao todo cheguei a plantar 40 mil mudas de espécies nativa. Dessas, 18 mil são de ipê amarelo, roxo e branco, conta. Como tudo na região tinha sido desmatado, Fábio começou a recompor primeiro as áreas de preservação permanente e a reserva legal. Em dois pontos de lagoas temporárias, reflorestou as margens. Assista a reportagem completa do vídeo acima. Revista Globo Rural Quatro espécies de ipê já estão em risco de extinção: a caxeta, o ipê roxo cascudo, o riodocensis, endêmico do Vale do Rio Doce, e o pau d´arco flor de algodão, do Espírito Santo. Na revista Globo Rural deste mês, cuja capa é o agro contra a crise neste ano, tem uma reportagem sobre o ipê ameaçado. A cobiça dos madeireiros ilegais, depois do mogno. A revista já está nas bancas. http://g1.globo.com/natureza/noticia/2017/01/nativo-das-americas-ipe-esta-adaptado-diferentes-regioes-do-pais.html

GLOBO RURAL nº 1900 - terceira parte

Edição do dia 22/01/2017 Ipês de madeira nobre estão sempre na mira dos madeireiros ilegais. Ipês de madeira nobre são os mais valorizados do Brasil atualmente. Globo Rural fala da devastação da espécie e da exploração sustentável. Nélson Araújo Itapuã do Oeste, RO Comemorando o Globo Rural de número 1900 neste domingo (22), o programa presta uma homenagem aos ipês. Os de madeira nobre são as mais valorizadas do Brasil e não saem da mira dos madeireiros ilegais. Nas andanças para a reportagem especial, Nelson Araújo releu um livro de José de Alencar chamado ‘O tronco do ipê’. O que sempre chamou a atenção do Nelson é que os personagens se sentavam à sombra de um velho tronco. Ele tinha até uma caverninha, onde guardavam santos e amuletos, dava para esconder uma pessoa. A árvore de grande porte era comum no Rio de Janeiro, onde a história do livro se passa, bem como em todo o Centro-Sul do Brasil. Atualmente só em uuma região é possível encontrar toras de tamanho semelhante ao ipê que inspirou José de Alencar: na Floresta Nacional do Jamari, quase na divisa de Rondônia com o Amazonas. A equipe do Globo Rural foi guiada na selva por Samuel Nienov, biólogo do ICMBio e o mateiro de Jesus Aparecido Ramos. No longo caminho, a equipe cruzou com figueira, jequitibá rosa, castanheira, maracatiara, angelim, faveira ferro até alcançar um ipê de porte. O porte do ipê amazônico é impactante. O fuste, que é a parte reta do tronco, que na cidade não passa de oito metros, dez metros, pode chegar a 20, 25 metros de altura. O ipê faz parte das árvores mais altas da Floresta Amazônica. Pode chegar a ter em torno de 42 metros de altura. Mas a espécie se reduz a cada dia por causa do corte descontrolado. Depois do mogno e outras madeiras nobres pode-se dizer que o ipê agora é a bola da vez. As autoridades ambientais se esforçam para conter a pilhagem. http://g1.globo.com/natureza/noticia/2017/01/ipes-de-madeira-nobre-estao-sempre-na-mira-dos-madeireiros-ilegais.html

GLOBO RURAL nº 1900 - segunda parte

Edição do dia 22/01/2017 Conheça o uso do ipê na marcenaria e na medicina tradicional Na Serra da Mantiqueira, carros de boi são feitos com a madeira do ipê. No Pantanal, os bosques multicoloridos deixam a paisagem mais bonita. Nélson Araújo Pantanal, MS Esta é a edição de número 1900 do Globo Rural. Na edição deste domingo (22), o Globo Rural fala sobre o ipê. Atualmente é a madeira mais cara do Brasil e vira alvo de madeireiros ilegais. Muita gente já andou sobre o ipê, viajando de trem. Em boa parte dos dormentes das linhas de ferro eram, ainda são de madeira de ipê. A madeira também dá para fabricar carros de boi e a assoalhos de casas. O ipê é hoje a madeira mais cara do Brasil. O corte de ipê se tornou proibido na maior parte do país, até por lei estadual, como em Minas Gerais. Por uma casualidade, no município de Passa Quatro, a equipe do Globo Rural flagrou um ipê sendo traçado para fazer um desdobra em tábuas. O produtor rural João Carlos Ribeiro explica que é preciso tirar licença para cortar a madeira. “Do contrário eu nunca poderia ter cortado. Estaria preso”, conta João. Quase sempre, no lugar que escolhe para embelezar, o ipê se coloca na paisagem de maneira pontual. Mas em torno do Morro do Azeite, às margens do Rio Miranda, no Pantanal do Mato Grosso do Sul, o ipê se agrupa de uma forma que arranca mais admiração. Na região, o ipê ganhou fama não pela madeira, mas pela casca, usada como erva medicinal. Com imensas formações, os ipês revestem a paisagem, feito tapete. O nome de um bosque com essas caracterírticas é chamado de “paratudal” porque no Pantanal esse tipo de ipê é chamado de "paratudo". O nome “paratudo" vem do costume ainda dos índios de se ter a mata como farmácia. Sendo que o uso de uma espécie de ipê era praticamente para tudo. http://g1.globo.com/natureza/noticia/2017/01/conheca-o-uso-do-ipe-na-marcenaria-e-na-medicina-tradicional.html

GLOBO RURAL nº 1.900

Edição do dia 22/01/2017 Ipê tem 100 espécies e é a árvore ornamental mais plantada no Brasil Globo Rural comemora a edição de número 1900 com especial sobre o ipê. Conheça aspectos ambientais e socioeconômicos relacionados à planta. Nélson Araújo Extrema, SP Esta é a edição de número 1900 do Globo Rural. Em muitos programas centenários, o programa prestou uma homenagem ao ser vivo mais imponente, mais impressionante do planeta: a árvore. No programa número cem, a escolhida foi a araucária, depois veio o jequitibá, o pequizeiro, o Jacarandá, o pau-brasil. Neste domingo (22), o Globo Rural mostra uma árvore cheia de cores e admirada em todo o Brasil: o ipê. O ipê é a árvore ornamental mais plantada no país e surgiu pouco depois dos dinossauros, quando na Terra se desenvolveram as plantas com flores. Numerosa é a família do ipê. A Dra. Lúcia Lohman é uma das autoridades mundiais em ipê. Professora de biologia da USP, a Universidade de São Paulo, já participou de várias expedições para estudar a árvore, que arrebata tantos admiradores. Até escala troncos a fim de coletar amostras. “O ipê tem flores na cor branca, amarela, rosa, roxo, e temos inclusive o ipê verde, que tem uma flor esverdeada”, conta Lúcia. O ipê faz parte das “bignoniaceae”, o grupo de plantas que tem a flor em forma de funil, uma cornetinha, como o jacarandá, a flor de São João, a cuia, parentes do ipê. Já até propuseram que o ipê seja a flor nacional, sendo que o pau-brasil é a árvore nacional. O projeto que trata do assunto se arrasta há décadas, em Brasília. O ipê já flor símbolo nacional em El Salvador, Equador, Venezuela e Paraguai. Ele tinge a paisagem do México até a Patagônia . Ao todo, são cem espécies esparramadas pelas Américas. No litoral sul de São Paulo e Paraná cresce o ipê conhecido como pau de viola, de onde vem o som do fandango, um ritmo caiçara. A madeira é usada em lápis, um tamanco, uma colher de pau, brinquedos, feitos com a madeira largamente aproveitada em caixotaria, por isso conhecida também como caxeta. Segundo Lúcia, entre a maioria dos ipês, predomina as flores em cacho chegando a formar uma graciosa bolinha. As flores externas se abrem primeiro. Depois, os botões de dentro, cada um a seu tempo. A guia de néctar tem umas estrias pavimentadas com pelinhos. É uma pista que orienta e facilita o pouso do inseto polinizador. Depois de polinizado, o cacho de flores vira um cacho de frutos. Vagens de variados formatos de tamanhos. “O objetivo das sementes é levar novos indivíduos à novas distâncias”, explica Lúcia. A delicada e levíssima membrana, tipo papel de seda, envolve a semente, serve de asa. O ipê-mãe conta com o vento para semear seus filhotes. “O fato de o ipê sobreviver a condições de frio, seca e também o fato de o ipê apresentar raízes muito profundas, permitem que eles extraíam água mesmo em condições de seca extrema. Favorece que as espécies tenham ampla distribuição ocorrendo em biomas variados”, fala Lúcia. A caxeta, o pau-viola, por exemplo, sobrevivem em áreas alagadiças. No município de Cananeia, o Globo Rural acompanhou o ribeirinho Reinaldo Oliveira, o primeiro e único proprietário rural, até o momento, que conseguiu aprovação de plano de manejo, no litoral sul de São Paulo. http://g1.globo.com/natureza/noticia/2017/01/ipe-tem-100-especies-e-e-arvore-ornamental-mais-plantada-no-brasil.html?utm_source=facebook&utm_campaign=gru&utm_medium=social